sexta-feira, 13 de junho de 2008

Sex and the City e o Jogo do Contente

Para Fau, Gabi e Má

Fui uma daquelas pessoas resistentes a Sex and The City. Comecei a assistir quando as temporadas foram lançadas em DVD. Resumindo: não sou especialista, mas adoro. E não é por causa das grifes, da vida glamourosa, de como New York é legal na visão da série. Nem por causa da busca por um amor – isso tem em todo lugar, eu acho. Meu encanto é porque é uma série que fala da amizade, e é ao redor dela que tudo gira: como seria chato não dividir nada com ninguém.

Coincidentemente ou não, fui ao cinema com três amigas. Combinamos horário, roupas bem fashion (até brinquei: fiz o primeiro cosplay de minha vida ali. Era isso ou aparecer de Trinity em Matrix. Achei melhor isso). Marcamos para comemorar juntas a estréia do filme com um brinde de cosmopolitan. Felizes, rindo na fila quilométrica de espera, entramos.

O que nos esperava na tela é um filme comum, com histórias comuns. Mas ali, nas poltronas, quatro histórias que convergiram num determinado momento. Na tela, a mesma coisa: pro batizado, pro casamento, pra hora de escolher o que fica e o que vai embora do guarda-roupa, pra tomar conta uma da outra. Amigo que é amigo serve pra isso e muito mais. Ok, esse texto está piegas. Mas é tudo verdade. Melhor que mentir.

Resumindo bastante: Sex and The City é um filme bobo, sem novidade alguma, meio engraçado e meio triste, daqueles com os finais felizes de sempre (terá alguém imaginado que ia ser diferente disso ao comprar o ingresso?). Foi como Gabi, minha amiga, disse sabiamente, antes do filme começar: “Não é pra ser bom. É só pra saber como as meninas estão.” Estão bem, mas do mesmo jeito de sempre. E é isso. O mais importante é o que o filme te lembra – aqui vai meu lado Pollyanna cinematográfica, com o mais puro jogo do contente: importa mais com quem você está do que o que acontece com você.