Se os filmes que habitam nossa estante podem nos surpreender, então assumo aqui que o DVD de “Hora de voltar” não poderia mesmo ficar mais um minuto empoeirando. Se você tem perguntas, pode se preparar: “Hora de voltar” vai te dar algumas respostas.
O filme mostra Andrew Largeman, interpretado por Zach Braff, numa vida vazia e sem muito sentimento. Até que sua mãe morre e ele volta para casa para assistir o velório. “Hora de voltar” fez parte da seleção oficial do Sundance Film Festival, do Los Angeles Film Festival e do U.S. Comedy Arts Festival.
O mais interessante é que a mudança de Andrew, diferente dos filmes que andam por aí, não se dá numa surpreendente volta de uma vez só. Começa aos poucos – um pouquinho aqui, mais ali – exatamente como fazemos as nossas, do outro lado da tela. Alguém algum dia disse, nesses textos de e-mail auto-ajuda, que a gente precisa enlouquecer um pouquinho para que a vida valha a pena. É o que o filme propõe, com a chegada de Sam, interpretada por Natalie Portman.
O melhor é que a proposta de loucura do filme vem com uma das trilhas sonoras mais incríveis: tem Coldplay, The Shins (!!!) e mais um sem-número de canções que se ajustam direitinho ao momento que Andrew está vivendo. E falando em Andrew, foi o próprio Zach Braff que escreveu e dirigiu o filme.
“Hora de voltar” parece aquele ditado popular de “Onde está seu tesouro, estará seu coração”. Talvez o recado do filme – se é que ele precisa ter um – é que mais importante que a hora em que se decide voltar é a hora em que se escolhe ficar.
Um comentário:
Eu poderia fazer um comentário filosófico aqui, daqueles que se pretende mostrar que é entendido no assunto. Mas isso não se faz necessário e nem cabe. A questão é que parei pra ler os mil textos desse teu blog e para esse eu tenho que dizer uma simples frase: botou pra fuder! Assim, com toda a baianidade que essa frase tem! :D
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