O tio do menino vive numa casa bagunçada, não tem mulher e nem trabalho. Na casa do menino, o assoalho está sempre limpo, e vez por outra, seus pais recebem os amigos para mostrar a mais nova descoberta da tecnologia, que sempre chega por lá. E é quando Hulot vai para a casa da irmã que o caos invade a ordem, mas traz consigo a alegria de viver que só os leves têm. Então “Meu tio” vale pela lição, pela crítica à automação do fim dos anos 50 (o filme é de 1958, mais precisamente) e pelos 110 minutos que passam rápido como só os melhores filmes conseguem fazer. Bom demais.
Não à toa, o filme, que parece simples e na verdade, é mesmo, arrebatou Oscar de Melhor Filme Estrangeiro e o prêmio especial do júri em Cannes. Apesar disso, o mérito está na fotografia impecável e na história incrível que se constrói do que existe na vida de todo mundo: presenças encantadas. Verossimilhanças à parte, Tati recria o mundo com maestria.
Um comentário:
Oi, moça, coloquei seu blog no meu blogroll. Aproveite e faça uma visita, hehe.
Quanto a Meu tio, infelizmente ainda não vi esse clássico, mas Jacques Tati consegue ser ingênuo e provocador ao mesmo tempo.
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