Filmes sobre comida sempre me chamam especial atenção, mais pelo que revelam das pessoas do que pelos pratos em si (claro que é sempre bom). Geralmente, são filmes despretensiosos e que terminam mostrando alguma coisa fofa – mas quem quer que tenha visto “O cozinheiro, o ladrão, sua mulher e o amante”, de Greenaway, há de concordar que toda regra tem suas exceções.
De “Sem Reservas”, filme de 2007 de Scott Hicks (o mesmo de “Shine”), não esperei muito e confesso: o filme superou minhas expectativas. Kate, interpretada por Catherine Zeta-Jones, é chef de um bom restaurante e vive sozinha até ter de cuidar de sua sobrinha Zoe, que é a fofíssima Abigail Breslin, a Olive de “Pequena Miss Sunshine”. Quem aparece na história também é o subchef Nick (Aaron Eckhart). O que é interessante é que o filme começa mesmo depois da tragédia: antes, é mera apresentação de personagens. E o que se espera de cinema é história, desenrolar, conflitos, soluções. Nisso, “Sem Reservas” não deixa faltar nada.
O que surpreende mesmo é a capacidade de ser um filme leve, bonito até. A fotografia é bem feita, os personagens são cativantes e vamos combinar: nem tudo nesta vida precisa ser Godard. A trilha é do Philip Glass, o mesmo que assinou a de “As Horas”, de 2002. Com todos os ingredientes na medida certa (embora sem nenhum exagero de perfeição, já que não tem essa pretensão), “Sem Reservas” é doce sem passar do ponto.
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
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5 comentários:
Concordo. Me lembrou Olive, isso já diz tudo.
Se esqueceu de um filme recente em lingua espanhola que falava sobre comida e relacionamentos pessoais, estomago, acho que é o nome!
parabéns ao blog, incluí-lo em meus prediletos, visite o meu ! bjs
vou assistir hoje mais tarde e ve se parece comigo mesmo!
:]
Querida Mariana,
Parabéns pelo belo blog!
Sobre este filme, ele é, se não me engano, refilmagem estadunidense de um recente filme alemão, "Simplesmente Marta", com a participação do italiano Sergio Castellito. Foi o mesmo que fizeram com o espanhol "Abre Los Ojos", que virou "Vanilla Sky". Por antipatia pessoal a este tipo de iniciativa (os EUA refilmarem um filme dos anos 2000 apenas para se reconhecrem visual e idiomaticamente na tela), não quis vê-lo; mas, não duvido de que tenha qualidades, certamente oriundas da matriz alemã.
Um beijo!
Cyro
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